Eu faço isso ou faço aquilo
e exijo não ser controlado,
nem acostumo com o estilo
de que sou um ser padronizado.
Posso até parecer diferente
mas não sou sobra nem resultado,
digo e faço o que quero
não sou um ser mimetizado.
Se o que convence a sociedade
é o programado modelo,
não me agrada tal exemplo,
já que não tenho esse zelo.
E refuto, sem hesitação,
qualquer induzimento em aceitar
que o padrão é esse ou aquele,
seja aqui ou em qualquer lugar.
Como tudo tem seu tempo
e os costumes revelam tradições,
pode ser que um dia ou outro eu aceite
uniformidade ou até comparações.
Mas, enquanto posso resistir,
sendo fiel à minha pertença,
reprimo e não aceito a obrigação
de aceitar padrões como uma prensa.
É fato, no arrazoado do mundo,
onde a verdade tem sua verve,
que o cidadão se sente acuado
na sociedade em que se serve.
E a revisão de alguns conceitos
são exigidos, sem qualquer equação,
colocando um vetor de propósitos
na exata supremacia do padrão.
O padrão se torna uma fôrma formal
que assevera e informa a norma,
confirmando uma espera desinencial.
Ou melhor, se expressa pela pressa,
e compressa, imperioso (com trocadilho),
a um desenho dioso e tutorial.