Hébron

Ciclos de mim

 

Uma bruma que me molha
Garoa-me a madrugada
Brisa-se em noite calada
Num olhar que me aurora

 

Raio de minha luz tangente
Acendo-me o dia ainda menino
Faço-me manhã plangente
Avoco-me a tarde, vespertino

 

Ocaso, poenta-se o momento
Anoiteço-me, em sombra, descanso da luz
Revivência, reinício do que não tem fim

 

Estrela-se meu firmamento
Desenha o meu destino, guia que me conduz
Sou noite e dia do tempo, ciclos de mim