Alberto dos Anjos Costa

IDIOSSINCRASIAS

Qual o preço que se paga?

Por andarmos apressados;

pelo tempo implacável,

que nos vê sempre estressados,

respeitando o execrável!

 

Protelamos nossos sonhos,

pela correria em necessidade!

As preocupações nos tiram o sono,

pelo exigir da responsabilidade!

 

Transferimos para o futuro,

os passeios e diversões!

Esquecemos que neste mundo,

a vida é feita de emoções!

 

Adiamos para o amanhã,

os desejos da felicidade,

desprezando nosso afã,

num viver que é brevidade!

 

O tempo é lépido amiúde,

implacável e austero!

Nossas renúncias em atitude,

são açoites muito severos!

 

Esquecemos de nós,

numa vida em segundo plano!

Nos sentimos sempre a sós;

damos relevância a desenganos!

 

Vivemos nos reprimindo,

retendo nossos sentimentos!

Vontades nos oprimindo,

cimentando desalentos!

 

O dinheiro limitado,

investido na sobrevivência;

é o labor assalariado,

no temor da insolvência!

 

Vivenciamos a mediocridade,

num progresso consumista;

que nos oferece oportunidades,

de pagar a crédito e não a vista!

 

Abraçamos a modéstia,

na virtude da hombridade!

Dispensamos grandes festas,

em razão da inseguridade!

 

É a vida confrangida,

restringindo nossos anseios!

É a incerteza espargida,

de um porvir sem devaneios!

 

O medo da inadimplência,

de macular o nosso nome,

faz retrair nossa existência,

pelas obrigações que nos consome!

 

Resignamos a castigos,

vislumbrando esperanças;

procurando novo sentido,

nas alegrias em lembranças!

 

Empedernido cáustico sistema,

suprimindo belos prazeres!

Dificuldades financeiras em cena,

deprimindo humildes seres!

 

Somos produtos de consumo,

numa sociedade competitiva!

Sentimo-nos moribundos,

estando a alma carcomida!

 

Neuróticos por natureza,

vamos à cata de ilusões!

A hipocrisia é a certeza,

vivenciando decepções!

 

Nossos sonhos protelados,

vão deixando-nos embrutecidos!

O viver é desalentado,

num trilhar sem lenitivo!

 

O sorrir que é bálsamo;

que desperta o otimismo,

foi sepultado pelo falso,

do esplendor do capitalismo!

 

Somos simples marionetes;

manipulados por digressões!

Vamos passar por vários testes;

vamos sentir as disfunções!

 

Conheceremos cínicas trapaças,

que nos abraçarão em demagogia!

Traições são as desgraças,

recrudescendo nossas fobias!

 

Seremos prostituídos pela ganância,

alimentando nossas imperfeições!

Aprenderemos que a desconfiança,

é o sedimentar de aflições!

 

Esqueceremos de nós mesmos,

como seres descartáveis!

Nossa vida, nossos anseios,

serão adiados para posteridade!

 

Fúnebre pressa alucinada,

criando ansiedades paranoicas!

Sobrevivência desorientada,

por farsantes de retóricas!

 

Somos escravos alforriados,

por um sistema vil e torpe!

Vivemos sempre angustiados,

estamos jogados à própria sorte!

 

Do que adianta se dopar,

por comprimidos da dependência!

Esta opção irá mostrar,

o existir da decadência!

 

Acalentar a depressão,

é como pensar em suicídio!

É caminhar na escuridão,

à espera de um precipício.

 

Mas, aqui vou lhe reconfortar,

pois, viver não é pessimismo!

Vá vivendo sem reclamar,

pois, você é o idealismo!

 

Amanhã, é uma nova aurora!

Fenecer a apatia é sabedoria!

O seu sorriso abrirá as portas,

pela motivação, alento,e simpatia!

A sorte! A maravilhosa boa sorte!

Deixará o seu coração em alegria!

 

Nesta curta passagem,

em que o amor é a esperança!

A bondade não é miragem,

pela fé que nos alcança!

 

A vida! A sublime vida!

Feita de pulsares de indefinições,

Abraça-nos em afã com venturas e ilusões.

Vitórias e derrotas, neste show em aprendizado,

Deixarão nossos sonhos, quiçá quebrantados!

 

Não pense na morte pela desesperança,

pense na vida com perseverança!

Faça seu trilhar ser reluzente,

pelas escolhas certas e sapientes!

 

A total felicidade é utopia,

nessa resignada passagem de ilusões!

Você! Somente você é a garantia,

em aprender com o suplantar das decepções!

 

Não tenha pífios sentimentos!

Não reverencie a sáfia inveja,

Por quê ?

 

A inveja é pusilanimidade cega!

Ela é despautério sórdido!

É a covardia que carrega,

o desprezível como sólito!

 

A inveja é tacanha!

Possui anseios tábidos!

É centrada em artimanhas,

para ofender os mais sábios!

 

A inveja é catatônica!

É o inescrupuloso de estultos!

Entronizada por sem vergonhas,

expondo pensamentos escusos!

 

A inveja é especiosa!

Reles almas em baixeza!

É a mente venenosa!

É a frustração em torpeza!

 

A inveja é repulsiva!

É a vontade patogênica!

É travo! É nociva!

É a rivalização epidêmica!

 

A inveja gera o ódio!

Deseja mal aos outros!

É fétida pelo opróbrio!

É estigma de escrotos!

 

A inveja é impenitente!

impingindo a insensatez!

É o estertor do insolente,

instigando sua avidez!

 

A inveja é inferioridade néscia!

Nefanda, lugente e execrável!

Pútrida réu confessa,

que admite o irracionável!

Enfim!

Conquanto!

Nossas intrínsecas imperfeições!

Porquanto!

Em razão de nossas paixões!

Deveras! Uma nefasta fraqueza,

arraigada em nossa essência!

A conclusão com aspereza,

é que a inveja é uma merda!

 

Porquanto!

Tristezas no coração,

semeiam desventuras,

fornecem a escuridão,

propagam amarguras.

 

Cintile no seu olhar,

a magia do entusiasmo,

seus desejos irão mostrar,

que a vida é um lindo orgasmo!