Entre prosas e poesias
caminho rompendo
noites e dias
Se no inspirar, as vezes míngua
os versos,
Lembre-se, somos poetas
seres complexos.
Invada-me com suas guloseimas vocálicas, da sua boca
escorrem caldas cálidas
E entorpece o poeta
o caçador de palavras raras
Palavras como;
indelével, indefectível
O poeta é um ser híbrido
Nasceu do cruzamento
entre a verdade e o inverossímil.
Lá do topo da montanha,
a poesia se joga e jorra
como lavras,
Entre prosas e poesias
Tretas e letras
Vaga o bardo
e suas fiéis guias
tristeza e alegria.
Assim é a saga do
velho vate
cheio de tiques e Toques
Flerta com a dicotomia. Convive entre o
herege e a heresia
Tentam se estabelecer
No crepúsculo, agora é tarde
Pois os versos tem poder.
A poesia ignora as medidas
sofre de disritmia
É moça folgosa
Nas camas da vida
Repousa e gosta da suave
colcha de algodão
Não faz por dinheiro
Nem por concessão.
Mas em vosso coração
empedernido como aço
Você insiste na métrica,
No compasso
Mas em Ad eternum,
a poesia não tem regra
chuta o balde e o
traseiro do palhaço
e manda tudo
pro espaço.