Ema Machado

Espera...

 

Espera...

 

Na distância, aprendi a contar estrelas

Ser engenheira, construtora de sonhos e castelos

Por vezes sombrios, n’outras, belos...

Minha alegria, tornou-se nuvem passageira

Às vezes escurece, desaba inteira...

Enamorei-me do tempo, para que dias sejam belos

Os coleciono, em elos...

E continuo a viver assim, a milênios de ti...

Desejo sem fim, sem tê-lo junto a mim

Reinvento, faço-me versos concretos, confessos...

Semeio flores, em perfumes, formas e cores

Poemas nos jardins do tempo

Momentos... Marcas... Sentimentos...

E a contínua espera...

Ah! Quem me dera...

Só queria, embalar-me pela melodia de tua voz

Sentindo que não somos dois, apenas nós...

Flutuar em nuvens de algodão, ao ouvir pulsar teu coração

Saborear teu hálito de hortelã, a levar meu ar pela manhã,

Adormeci...Sonho...

Que essa espera, não seja vã...

Ema Machado