Operárias revoltadas,
socialistas organizadas,
nas fábricas de tecidos
reivindicam seus direitos
justos, sem favoritos.
Operárias mortas,
presas em incêndio,
choram as costureiras,
não é um devaneio
apenas descaso alheio.
Operárias em greve,
estopim de uma revolução
por condições de trabalho,
contra um regime velho
revoltam uma nação.
Operárias do dia a dia,
gritam pelo justo salário,
brigam por única jornada,
não dupla ou tripla
e tentam ser respeitadas.
Mais que identitária
representa a luta por direitos,
a luta de classes, que ocorreu,
pois, quem brigou e morreu
foi a mulher operária.
Feridas e mortes reconhecidas,
sendo tal data representativa
das vitórias conquistadas,
pelo tempo, consagradas
a todas as mulheres combativas.