Hoje, acordei com vontades
Dessas exclusivamente suas
Você, ao meu lado, era como um banquete
Certamente a única que bem me serviria
E saciaria imensurável fome.
Como um predador me lancei
Era um lobo
Sobre a presa indefesa que era você
Como dormias, não sentiu meus afagos
Mas se sentiu,
gostou de como estava sendo apreciada
Que deleite foi a sua fragilidade...
Com teus seios na minha boca, tu despertas
Renúncia qualquer resistência
E se delícia com a forma que morres
Morre
De prazer ao me sentir
provando seu corpo, seu gosto...
Ao te colocar de quatro e me acomodar em seu dorso
Sem pudor, fez-se encaixe com facilidade
E veementemente te fiz provar minhas vontades
\"Empina, dance, rebola para mim\"
Não havia dialogos, mas os movimentos
conversavam por si
Cada corpo compreendia e desempeava
Seus papéis, em um ritmo saudoso
De vontades infindáveis pelo outro.
O gozo veio com risos e sorrisos
Ainda havia fome, porém
Exauridos
Nos guardamos para a próxima caça
Quando a fome nos alcança-se...
Quando sua vontade de morrer
Me lançasse mais uma vez sob você.