Carlos Lucena

FLOR INVISÍVEL

FLOR INVISÍVEL

Não quero essa flor
Invisível
Nem quero essa dor
Irresistível.
Não quero o olho
Desse olhar frio, profundo
Nem quero a lágrima
Da pupila destruída
Nem o grito da garganta
De sussurro moribundo.
Não quero essa flor
Nem seu perfume desastroso
Que tira do resplendor o lume
Rosa fria, gélida e sem cor
Pétalas pálidas
Pólen venenoso
Que embebido o peito
Reveste-se de dor!