Pedi uma pista à conquista.
Ela se mostrou solícita.
Obedeci pontualmente
Mesmo sem entender nada:
Uma linha imaginária
Como um meridiano
Seria um belo plano
E para não haver engano
Poderia ser traçada
Outra linha, a da chegada.
A dica ficou obscura
As linhas foram traçadas.
Atravessei labirintos
Algumas encruzilhadas
Teve congestionamento
A pista ficou parada
Depois fluiu facilmente
Numa exuberante estrada.
O percurso que se fez
Foi talvez mais atraente
Que a aventura tão sonhada
E o tempo que se leva
Nem tem tanta importância
Se a façanha é conquistada.
Sem entender quase nada
Estava eu deslumbrada
Cruzando o trópico invisível
A linha real da chegada.