Filipe Miguel Baptista Pires

E desvendo teu rosto.

Quando olhei para cima e vi,

Aquilo que parece inalcançável,

Foi então que percebi,

O quão estava vulnerável.

 

Numa noite fria e de céu limpo,

Perco a conta às estrelas,

Tantos deuses do Olimpo,

Num quadro de aguarelas.

 

Num paralelo Universo,

É como viver faz de conta,

É como um caminho controverso,

Em que a natureza se confronta.

 

Astros se mantém bem distante,

Porém da Terra parecem unidos,

Num bailado constante,

Mostrando passados fugidos.

 

Às estrelas peço que me conduzam,

Neste caminho tortuoso,

Espero que a mim me seduzam,

A navegar neste mundo aquoso.

 

A grandeza das estrelas,

Ou o mistério das luas,

Contrasta com os planetas,

Deixa suas vulnerabilidades nuas.

 

Astros à mercê do Sol,

Vivem no sistema solar,

 Mas nenhum está só,

Nem é apenas vulgar.

 

De todos os sistemas,

O solar é o nosso lar,

Por ele passam todos os dilemas,

Onde é impossível não amar.

 

É aqui nesse fantástico mundo,

Com esse mágico céu,

Que vivo o amor profundo,

E desvendo teu rosto retirando o véu.