lucita

Nosso eterno poente!

 

Era uma noite como tantas
Onde se misturava insônia e lembranças.
Após ter se precipitado o entardecer e
Envoltos em lembranças nossas, a noite ia nascer...

E feitos zumbis, mortos na paixåo mas vivos na desilusão, prosseguimos então;
Em frangalhos que restaram do embate que furtou-nos todo o vigor, como quem tem fome desgovernada de fazer e viver amor.
E na pressa de nos consumirmos, não notamos ferir as pétalas que caíram levando o perfume e o encanto naquela saga louca do desejo...

Não levei em conta ressentimentos, pois o sentir daquele momento superou qualquer intuito oposto ao gosto deixado ou o teria maculado, o que não foi averiguado ao ver-te prostrado em saudades que só se verifica de coisas \"boas\" e puras...

E mesmo vendo- te abatido e ainda muito por mim querido, lido com a situação sem a menor sofreguidão, posto que aquele instante jáz, é morto.

E como que ressucitado
Nosso reencontro é marcado por nossos corações dilacerados
Sem esperança de reconstrução e em total degradação
Peço a Deus regeneração.

Sim, a sanidade precisa ser revigorada milagrosamente todos os dias em minha mente sequelada, anestesiada, calada em hemorragia interna constante que não pode ser estancada.

Porém de tempos em tempos, se renova no horizonte a luz do sol particular que para nós foi criado e se recusa a ser pôsto antes que eu veja teu rosto, mesmo que no espelho das águas das minhas lágrimas derramadas, hoje são lagoa para refletir a lua prateada de teu sorriso...

E ainda que aconteça trovões, relâmpagos e até tempestade trevosa, me exponho a coabitar contigo nessa quimera de luz que surge e sem demora me induz a me render e debelar o fogo que se alastra e não cessa de arder.
Ainda não quero apagar por completo, e sei também não o queres...

Era uma noite como tantas
Onde se misturava insônia e lembranças.
Após ter se precipitado o entardecer e
Envoltos em lembranças nossas, a noite ia nascer...