Migalhas de amor me castigam
Não quero as reaproveitar
Infelizes são os que mendigam
Aos pés de quem nada pode dar
Sobras, sem qualquer relevância
Restos de nada, espalhados
Raspas, de nenhuma importância
Esnobados, por ti descartados
Aparas, de falsos desejos
Promessas desnecessárias
No montouro empilho sobejos
Das tuas mentiras diárias
Busquei reunir várias vezes
As sobras dos falsos carinhos
Hoje, tanto quanto te prezes
Mais prezo eu meus caminhos
Burlaste o meu sentimento !
Amor não é flor que retalha
A paga te darei com o tempo
O mesmo amor em migalhas