Memórias tão sutis guardo na alma...
No balcão de um Bar tenho meu uísque,
Por ele a mente adquire justa calma
Sobre a vida que foi, sem que lhe risque
A ternura inefável e sem trauma.
A memória no álcool quando espalma
Um olhar no passado nenhum pisque
Embaça o olhar ao qual eu me arrisque.
São memórias de amor que tive um dia
E que vivente algum jamais gozou
De prazer tão intenso em fantasia...
Se aquele amor de outrora, assim, se exprime
Nessa soltura d’alma com que estou:
Na minha embriaguez, tudo é sublime.
Tangará, 27/12/2019