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Carlos Daniel Dojja

POETAMENTO

Poetamento   Meu simples poetamento, pouco explica em seu rumar. Faz parte dessas ruelas que sempre surgem, Como meus pequenos passos a marear. Insinuando trilhas, avistando mapas, a orbitar.   As palavras servidas, além do que, tanto perguntam: Como guardar o beijo que será efervescido? Como carregar os abraços dos que nos faltam? Como desalumiar os pirilampos da saudade?   Meu palavrear não tem controle de custos. Pode arquejar no tempo, não estar imune, Ficar laçando luares, impávido escapulindo. Querendo partilhar em si, fugaz raio da vivência.   Minha confabulação desmerece acanhamento. Anda indócil, quase sempre nua, a entregar-se a um riso. E quando eu pouco me descompasso, num alvoroço, Sem qualquer anúncio, faz surgir estelares num pingo d’água.   Carlos Daniel Dojja