Jose Fernando Pinto

Poesia pra quê?

Fernando, poesia pra quê?

Foi essa pergunta que hoje fomentou essas linhas mal escritas, talvez apenas uma resposta sem sentido, ou talvez eu nem seja ouvido por quem perguntou. Mas preciso tentar responder, não sei se me farei entender ou se quero realmente explicar, mas eu vou tentar.

 

Poesia pra fomentar a literatura, mostrar que a leitura nos leva a mundos distantes, muito mais relevantes que a ignorância levará. É a leitura que proporciona um bom vocabulário e tal qual um dicionário está sempre a ensinar.

 

Poesia pra mostrar que o belo está em todo canto, numa flor, no amor, no labor e até no pranto. Sim, até nas lágrimas que correm no rosto, a poesia pode refletir leveza, o que causa estranheza é a falta de empatia de quem desfaz da poesia e não estende sua mão para o outro ajudar. Ás vezes o que outro precisa é de apoio, um ombro amigo e palavras leves que o façam respirar.

 

Poesia para mostrar o que eu penso o que sinto ou defendo quando estou a escrever, muitas vezes não me faço entender, mas porque o leitor pensa que é utopia, e que fazer poesia é perda de tempo. Perder tempo é não acreditar, é estar sempre armado, pronto pra criticar, e a função da utopia, já dizia o poeta, é nos fazer caminhar.

 

Poesia para falar das estações, dos invernos e verões que consegui atravessar, primaveras e outonos, tantos mundos sem donos que consegui conquistar. Poesia pra fazer você pensar, que o mundo pode até não ser um paraíso, mas tem tudo que eu preciso se eu souber aproveitar.

 

Poesias para passar o tempo, pra vencer alguns momentos que eu precisava chorar, então uso a poesia, a música e a alegria que eu puder encontrar. Poesia apenas para preencher umas linhas, que aos poucos forma um livro e ganha asas pra voar, poesias pra mim, pra você e quem quiser sonhar, porque o verso que eu faço, não é apenas um traço, é um pouco do aço, uma espécie de laço feito para libertar.

 

Jose Fernando Pinto