Virando em todas as encruzilhadas
Em busca de tudo, mas não quero nada.
Sou contradição ou coerência,
O amanhecer sem passarada,
Do dia, a virada numa noite ensolarada.
Sou de tudo, presença e ausência!
Parando em cada interrogação
Subo e desço num poema, cada linha.
Sem escrever sigo em peregrinação,
Buscando uma estrela cadente
Que vi cair do verso, no precipício…
Não era dela o fim, nem mesmo o início!
Sofro por toda essa incerteza:
Não saber se sou a rosa ou o espinho,
Se estou indo ou se é volta, meu caminho.
Nas torres do meu castelo
Sou solitária princesa
Sem coroa, sem nobreza!
Edla Marinho
05/08/2011