Maximiliano Skol

SORTE

Muita sorte, oh, meu Deus, tremenda sorte

Que vivo a carregar sempre comigo,

Não sei se merecida neste aporte

De bênçãos, que eu tenho como abrigo.

 

Na minha pequenez acho-me forte 

Em batalhar melhor: e assim consigo

Obter merecimento com o suporte 

De não me terminar em desabrigo.

 

Pois o azar, também, é complemento

’Rebote-consequência’ desse fado, 

Se tudo é pendular no movimento

 

Do vaivém e num ciclo confinado,

Que me permite temer no pensamento

Minha vez de julgar- me um desgraçado.

Tangará, 23/08/2019.