Na prateleira mais alta
onde guardo meu arroz,
a um lugar vago
que preencherei depois
Olho a prateleira
a procurar o velho branco
pois me vem a lazeira
e isso me causa espanto
Dos caroços de café
que encontrei pelo chão
jogarei mais tarde
lá na plantação
Lá no espojeiro,
bem no coração
ataca uma praga
ainda sem solução
Não sei se vou daqui pra lá
ou se venho de lá pra cá,
mas tenho a certeza de que
não quero voltar!