É a volta do beija-mão.
O servilismo é uma redundância
da mendicância canalha
enlameada no esgoto
de um parlamento reles.
É a volta do beija-mão.
A insignificância da representação
é conjugada com o oportunismo
barato, marau e pernicioso,
invocando a qualidade biltre
que lhes é tão peculiar.
É a volta do beija-mão,
Faz-se uma nova história
em que a cidadania vale muito pouco,
quando o repente midiático
é que define o destino de todos nós.
É a volta do beija-mão!
Quando tudo parecia ganhar um novo rumo
em que a vida vale muito mais sem o chicote,
a canga e o cabresto são os novos troféus
de um entreguismo escabroso e infame.
É a volta do beija-mão!