Picadeiros...
Não sei se rastreio o passado
Ou será, que ele a mim rastreia?
Vivo entre o hoje e o ontem
Revejo cenas, nesse teatro de vida pequena
De tudo que vivi, nada foi encenado
Tantas vezes, sei, fui vaiado...
Aplausos, são para atores de grandes palcos
Teatro de pobre, é picadeiro de circo
Somos domadores de sonhos
Andamos em corda bamba, aprendemos malabares
Fazemos mágicas com nossos planos...
É hora do show, seguir o giro
Vou salpicando temperos, em choros e risos
Embora, às vezes, ensaie alguns passos
Sigo a plateia, sem ver o que é preciso...
Ema Machado.