Palpitas, coração descompassado,
Pelo direito de veres perdido
O ritmo de te haverem conformado
Ante a inclemente cadência do mundo
Após esse tanto de si esquecido
Após tamanha sujeição ao imundo
Há de teres coragem para a métrica
Do tom que te reavivas fecundo?
Busca naquela inventada retórica
Porquês de tua grave contração
E amplifica-te além da horda apressada
Assim, não só pararás no perdão
Pois faz-se em ti o início de toda estrada
E és o fim para o qual nasces chão.