Quero levar daqui o que não tem peso e nem medida
O que não paga com salario trabalhado, com dinheiro
Quero levar daqui o que o vil metal não pode adquirir
Deixar aqui a pedra colorida da morada, o aço inteiro.
Nessa passagem ver e perceber as diferenças das alturas
O rude estranho som da violência penetrado nas favelas
Sinal vermelho com toda pressa propulsora das torturas
Sociedade inquieta, frívola, causadora de todas as mazelas.
Insólito infortúnio vem dizendo o que fazer, como não ser
Então, apressar, livrar-se das amarras da reles imperícia!
Prosseguir erudito adepto do amor, fazer jus por merecer.
Quero levar daqui o sorriso da criança a brincar pelas calçadas
A bondade do ancião, a amizade solidaria, o voo das borboletas
Toda beleza da poesia, a cura do egoísmo, as graças alcançadas.