Uma casinha à beira-mar.
Casinha é “maneira de falar”,
na verdade, ela preserva
a história que vou contar.
Nela morava um jovem casal.
Enamorados desde criança,
viviam de forma natural
o seu amor imortal.
Certo dia, o mar bravio
propôs um desafio.
Salvar de seu destino
um andarilho peregrino.
O jovem nada em auxílio
e salva o andarilho,
mas o mar indignado
cobra o seu legado.
A jovem chora, lamenta...
Inconsolável aguarda
que o mar ouça seu lamento
e devolva o amado sem sofrimento.
Mas não aceito esse final.
A história é minha afinal...
O jovem salva o quase afogado
de seu destino traçado...
Com eterna gratidão
ganha um amigo e guardião
a proteger sua família,
com a coagem da afeição.