A arte é dominantemente simbólica,
pois surge das aspirações que germinam,
resultando no fruto do heroísmo que a constrói.
A arte não tem espaço, nem tempo,
é reflexo da visão de quem a busca,
no mais aguerrido sentimento de quem a aceita.
A arte não é espreitada por argumentos,
e, tampouco, se enrosca em vulgaridades
que a possa, romanticamente, ferramentar.
A arte não se ofusca ao estado de inanição,
nem se engordura pelo exagero de domínio
quando a expõe, acintosamente, empedernida.
A arte não se consome como item de desjejum,
nem se alimenta do rigor espúrio da inópia,
só por causa da sua primitiva simplicidade secular.
A arte é isso, é aquilo, é muito mais
que um risco, um rabisco, um asterisco,
é o limiar da presunção, na mestria de um fecundar.
A arte é sinônimo de liberta criação,
que não se empresta a pseudo mote,
para transformá-la em coincidência retórica.