Maximiliano Skol

SOL A PINO

No escaldante calor do sol a pino

Meu carro na Avenida a mim espera...

Ali, ela, também, em desatino

De cigarro em cigarro tem austera

 

Intenção de ceder ao seu destino

De esperar, uma vez que me é sincera...

Não importando o calor de um sol supino, 

Nem as gotas de suor que o rosto gera.

 

Venho; e de longe a vejo solitária

Na árida Avenida e sinto dó

Por ser-se a si mesma solidária.

 

Sorridente beijou-me ... Ela quis só

Demonstrar que o calor não  lhe  é intenso

Pra quem tem dentro d’ alma amor imenso.