Eu canto
Para não doer a ansia que me corroi
Eu canto
Para fugir da tempestade
Que me instiga e corrompe
Eu grito
Dentro a alma grita
Mas preso fica este grito
A alma quer-se libertar
Romper com as amarras que a aprisionam
Ha milenios minha rouca voz clama
Pela fusão integral com o mistério primordial
E lâminas me cortam dentro
No coração preciso do amamento
A alma chora e pede acalento