Sandro Paschoal Nogueira

FÚLGIDO

#FÚLGIDO

Longe surge a aurora...
E orvalho aos poucos se evapora...
No céu azul risonho...
Onde meus olhos tão cansados ponho...

Tênue brisa acaricia o rosto meu...
E na arrevoada pássaros contentes...
Fazem-me lembrar...
De sonho que se perdeu...

Tal como anjo...
As asas que Deus me deu...
Minha alma sobe ao céu...

Do laranjal há de cair os pomos...
E dirá a última estrela fulgurante:
- Ai de nós, que nada somos...

Em flor no fúlgido dia...
Manto de carinho suave e terno...
Arcanjos entoarão seus hinos...
Glorificando o Eterno...

Cada um de nós é bússola sem norte...
Uns apreciam a vida...
Outros sentem prazer na morte...

Sandro Paschoal Nogueira