Sobre o desânimo
Perdido estou em longo devaneio.
Do monitor vem uma luz vibrante –
Não me acorda, permaneço distante.
Nesta luz, estou em trevas, receio.
Neste desespero ainda anseio
Por encontrar tal ânimo bastante
Que desta angústia toda me levante.
Entretanto, até agora, não veio.
Parece-me que haja um tal bloqueio
Que me afaste de vida mais constante
E me mantenha sempre atormentado.
Para me libertar não vejo meio.
A dor já faz morada em meu semblante.
Oh! Céus! D’onde vem tanto desagrado?
Filipe Fedalto