Sobre a Solidão
Suspiro inquieto à solidão.
Sinto, cada momento, amargura
Que machuca, me fere e tortura
Sem instante algum de mansidão.
Ainda vejo, ao longe, a imensidão,
Ainda sinto amor, paixão, ternura,
Tento não esquecer a formosura…
Mas já se foram, com exatidão!
Não sei mais o que é certo ou loucura,
Mas sei que se aproxima a escuridão.
A tristeza anda às voltas, me procura.
Não há como negar a lassidão,
a dor que minha alma não atura.
Quem me libertará desta aflição?
Filipe Fedalto