Maria Vanda Medeiros de Araujo

Estático

Quantas lembranças sobrevivem

A linha dos nós, dos embaraços,

Na fadiga do não ter o que fazer

Na esperança do tempo a passar.

Se sabes onde fica o caminho 

Mas não sabes aonde vai chegar

Que importam as torrentes, tempestades

Correntezas que levam a nenhum lugar?

Já não tem mais futuro sem presente

Ao passado não podes mais voltar

Se recorres apenas às correntes 

Amarradas nos mesmos pensamentos

Que não fogem e ficam a tormentar.