Eggon Viana

Desespero

A madrugada cai

o desespero ressalta meu peito inchado

os lábios inacabados

da branca morena dos olhos


Dois gatos miam lá fora

brigam pelo integralmente nada

Já não é dia, não é noite

sonho ou lucidez

É o desespero atento de um ato falho

humano inacabado

 

Sonhará mais mil noites perdidas

viverás mais a eternidade escondia

E no limbo encontrará o meio termo

dum ato falho maldito