Uma caleidoscópica feição
Imprime no meus sonhos a patente
A decifrá-los fáceis para, então,
Ter um repouso, digno, a minha mente.
Não mais pra mim enigmas eles são,
Por mais que embaraçosa me apresente
A esotérica fala que eles dão,
Minh’ alma a explicita e a pressente.
Por mais profunda e hermética que seja
A simbolização dos seus enigmas,
Pra mim, não têm segredo que eu não veja.
Meus sonhos me redimem ingratidões,
Mantêm no esquecimento os estigmas
Que outros me infligiram sem razões.