Ema Machado

Páginas amareladas

 

 

Meus olhos divagam por páginas ilegíveis do teu rosto

Um inútil intento, encontrar aí, sentidos 

Nada encontram, além do que sempre liam 

Um vazio profundo, num momento de gozo 

Mais parecias, estrela no infinito

Em meus dedos, o calor do caminho percorrido

Tua pele em fogo, teus pelos, nada fora esquecido…

Em meus lábios, o sabor inigualável dos teus

Néctar incomparável, a ser guardado

Eras a saga, o tudo... E o nada…

Eternizei, não lamento...

Ainda que doa

Releio, páginas amareladas daquele momento...

Ema M.