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Alexandre Silva

SOMOS POEIRA CÓSMICA - (parte: 4/4)

 

SOMOS POEIRA CÓSMICA

(parte: 4/4)

 

Pensamos tanto que somos tantas coisas,

e no final de tudo nos enganamos...

 

Uma simples pedra no nosso caminho

pode nos provar o quão fracos na vida somos,

quando pensamos sermos dominadores de tudo,

todo o resto se volta contra nós mesmos;

 

da porta de trás de casa encarei uma estrela...

lá no mais alto que pude olhar naquele momento: frieza... melancolia e tristeza...

 

de gotas que caíam suave batendo nas folhas,

que pareciam chorar nas árvores que, como numa linda canção, mais pareciam me ninar;

 

um pequeno arranhão pode infeccionar,

e daí... frustração...

uma pequena dor de cabeça pode ser fatal,

e então... comoção...

 

Até respirar errado pode romper a relação com uma vida saudável...

conclusão? O NADA; O TUDO; jamais temos o real controle das coisas;

palavras ao vento...

poeiras ao vento...

vida de correria, que vive buscando alento...

 

Somos meras poeiras diante do multiverso de possibilidades que nos rodeia e nos aflige constantemente a alma, mas que também nos acalma levando-nos a refletir: estamos vivos... podemos resistir e seguir tentando... buscando... vivendo sonhando com realizações. Tudo isto nos serve como combustível: até quando?

Não sei! Acho que nem quero tal resposta...

Pensamentos repentinos se passaram sobre todas as situações que discutimos desde o início e, de repente, me pego em devaneios (cada vez mais constantes):

 

O que somos? (;)

Qual é a nossa missão aqui? (;)

E depois... Para onde vamos? (!)

 

Um “meio-desespero” me bate à porta e, descalço, dirijo-me a atende-la: não era ninguém. O nada, o tudo, o ninguém sempre são alguma coisa a gente que não entende, a gente que não consegue enxergar, mas, o nada, o tudo e o ninguém sempre estiveram diante dos nossos olhos e nós preferimos cegar para eles. Contudo, da porta de trás de casa continuei a encarar uma estrela... lá no mais alto que pude olhar naquele momento: frieza... melancolia e tristeza...

 

De repente, uma nuvem escura ofusca o brilho da minha amiga estrela...

Apagou-se!

Logo pensei:

assim é a nossa vida aqui... um brilho tímido, solitário, que do nada, apaga-se!