SOMOS POEIRA CÓSMICA
(parte: 4/4)
Pensamos tanto que somos tantas coisas,
e no final de tudo nos enganamos...
Uma simples pedra no nosso caminho
pode nos provar o quão fracos na vida somos,
quando pensamos sermos dominadores de tudo,
todo o resto se volta contra nós mesmos;
da porta de trás de casa encarei uma estrela...
lá no mais alto que pude olhar naquele momento: frieza... melancolia e tristeza...
de gotas que caíam suave batendo nas folhas,
que pareciam chorar nas árvores que, como numa linda canção, mais pareciam me ninar;
um pequeno arranhão pode infeccionar,
e daí... frustração...
uma pequena dor de cabeça pode ser fatal,
e então... comoção...
Até respirar errado pode romper a relação com uma vida saudável...
conclusão? O NADA; O TUDO; jamais temos o real controle das coisas;
palavras ao vento...
poeiras ao vento...
vida de correria, que vive buscando alento...
Somos meras poeiras diante do multiverso de possibilidades que nos rodeia e nos aflige constantemente a alma, mas que também nos acalma levando-nos a refletir: estamos vivos... podemos resistir e seguir tentando... buscando... vivendo sonhando com realizações. Tudo isto nos serve como combustível: até quando?
Não sei! Acho que nem quero tal resposta...
Pensamentos repentinos se passaram sobre todas as situações que discutimos desde o início e, de repente, me pego em devaneios (cada vez mais constantes):
O que somos? (;)
Qual é a nossa missão aqui? (;)
E depois... Para onde vamos? (!)
Um “meio-desespero” me bate à porta e, descalço, dirijo-me a atende-la: não era ninguém. O nada, o tudo, o ninguém sempre são alguma coisa a gente que não entende, a gente que não consegue enxergar, mas, o nada, o tudo e o ninguém sempre estiveram diante dos nossos olhos e nós preferimos cegar para eles. Contudo, da porta de trás de casa continuei a encarar uma estrela... lá no mais alto que pude olhar naquele momento: frieza... melancolia e tristeza...
De repente, uma nuvem escura ofusca o brilho da minha amiga estrela...
Apagou-se!
Logo pensei:
assim é a nossa vida aqui... um brilho tímido, solitário, que do nada, apaga-se!