Escuridão,
curvas o sol
sobre os ombros, um só
esmigalhado, em pedaços, se pão.
Tens um choro,
olvido e entre as mãos
trêmulas, suadas
o dolo, o salgado
espaçado, perdido, na devastação...
olhos feridos, apiedados
entre o mau e os olhados
contidos ou espalhados sobre o chão
laçado peito, apertado norte
muitas vezes triste, imolado
forte, sem perder a mansidão...
foste à morte... recusado, renegado, libertado
caíste, com o mesmo porte
tiraste de tempo, o passado
sem dizer, tudo que foste obrigado
na solidão... farto frio, costurado vazio
em ti, o quanto nos empresta esta lição!
PEDRA DE DESCANSO
erhi Araujo