De todos os belos poemas, vens
Tu, a escrever-se sob meus ébrios olhares
Com um vermelho abrasado de mares
E desejos a induzir-nos reféns.
Vens, tu, manancial de Turmalinas
Desfraldar versos à nossa união
Enquanto em tuas métricas divinas
do matiz dos corpos faz-se canção.
Então, a natureza da poesia
Verte-se, ambígua, dos teus lábios nus
D\'onde sorvo todo o eterno do dia
E vivo ao amor de que me compus.
No entanto, decompor-me-ei de saudade,
Pois o infindo ante ti é brevidade.