Claudio Reis

FUGINDO DO CAOS DEVOLVENDO AMOR

  Dentro desse progresso plástico e violento

  Onde impera a vaidade social indistinguível

  Tendo de viver em meio à selvageria civilizada

  Um grito tímido no vazio da existência ameaçada

  Uma racionalidade vil que não vinga, nem vingará

 

  Os bichos sim vivem felizes em seus meio ambientes

  Bem que poderíamos imitá-los, fazendo a experiência

  Sair do sistema, perder obediência mesmo que em segredo

  Instalado está o caos, quem sabe criar algo mais puro!?

  Urge desconstruir esse absurdo criado por nós mesmos

 

  Processo lento e demorado de crescer,  muito castigante

  Então me rendo ao amor, me faço sentir o bem que nele há

  Solto, vou em direção do nada, apenas querendo ser vigilante d\'alma

  Singeleza que à mim me contenta, sei sim.  Livre da dor eu serei e,

  Mesmo estando aqui não estarei; me carrega amor, quero ir amor.