Poeta, és mesmo, um eterno fingidor
Mostras nos versos, tanta luz e amor
Que todos, o julgam, apenas sonhador
Sem desconfiar, desta tua imensa dor
Tu carregas no peito, sempre a saudade
No coração, a tristeza, faz morada eterna
Se por fora, mostras, uma grande felicidade
Dentro de ti, o teu sofrer, jamais hiberna
É teu coração, um relicário, bem fechado
Aonde este teu amor, conservas guardado
Com uma tênue esperança, já quase morta
Que ela ainda voltará a bater em tua porta
Teus sonhos, deixas muito bem escondido
De teu amor, não falas, nem da sua saudade
Assim, todos, irão pensar, que foi esquecido
Que teu amor, era mentira, não era verdade
Pobre poeta, infeliz, mentiroso, enganador
Caminhas com sua saudade, e sua solidão
Lembrando, desta, que foi seu grande amor
E que nunca, você a afastou de seu coração
Finja sempre, que estas feliz, quando escrever
Em teus poemas, mintas sempre o seu viver
Para que ela, também, não venha por ti sofrer
Apenas, fale de amor, nunca do teu padecer....