Canto a alegria
Que minh\'alma exprime!
Canto a esperança,
O amor, a vida!
Canto da mãe --
A dedicação sublime,
Seu amor
De anjo divino
Que nunca
Nos deixa ao abandono,
E ao açoite
Do vendaval d\'alma,
Quando se lhe atribula
As preocupações
Do dia a dia,
E faz das tripas coração,
Se preciso for,
Dá a própria vida
Pelo querido filho,
Seguindo o trilho
De um amor sacrossanto
E puro -- todo ele encanto!...
Mãe, ser iluminado
Que vela à noite
Pelo nosso sono,
Que nos embala
E nos prepara
Para seguirmos
Pela longa estrada da vida!
Canto o riacho
Murmurante e belo!
Canto as campinas
Repletas de flores!
Canto a fantasia,
Os anelos
Do amor,
Eterno no mundo,
Que vence a espada
Pela paz e harmonia;
Canto a esperança
De um mundo
Melhor e irmanado!...
E viajando nas asas do imaginar,
Construo meu castelo
De ilusões e sonhos,
Alicerçado pela fantasia
Que alimenta
O meu doce canto!
Canto toda forma de amor...
Porque odeio todo pessimismo,
Todo lamento
E tada amargura!
Canto a felicidade,
A poesia,
Porque não sou daqueles
Que vão pela vida
Chorando mágoas,
Lamentando a má sorte,
Machucando-se nos espinhos,
Que insensatamente,
Os punha em sua própria alma,
Enchendo-se de tristeza e dor!
Canto a alegria,
Na expressão
Mais casta do canto
Em louvor
À vida!...
A emoção
É que me alenta o canto!
Jamais cantarei dores,
Por não ser daqueles
Que cultivam tristezas
E colhem dissabores!
Por que ser triste?
Com pessimista atitude,
Abdicar da felicidade, do amor,
Dos elevados sonhos de venturas
Que sobre-existem
Mesmo que por breves momentos!
A vida é bela!
Embora padecendo agruras,
Quem quer, se defazer dela?
Seria um louco ,
Um tonto,
Que abriria mão
Do seu bem mais precioso --a vida,
Pois somos bastante ricos
Só em estarmos vivos
E gozando de plena saúde!