Débora

O afogamento durante uma avalanche.

O afogamento durante uma avalanche.

Eu submerjo em meio às lagrimas espessas,

Na esperança de que

Por meio delas a agonia

Do peito parta.

Mas, quem parte mesmo é o coração,

Em dois,

Dois milhões de pedaços se possível.

 

Cada pedaço dele vai ferindo o peito

E até meu leito

Quando enfim consegue sair,

Através de um grito

Antes preso na garganta.

 

Daí a gente percebe que tudo está doendo.

A alma, coitada,

Nem quer mais ficar

Nesse corpo estragado.

 

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