Poesia breve, como teu passar
Um passar impune, avesso olhar
O poeta traz uma aparente vontade de chorar
por nada, e por todos
Tem seu gostares traduzido
Em dores.
Poesia breve e leve
Menina traquina, serelepe
Que brinca de pique- esconde
Sofre pela ausência de olhares
Ainda não trocados,
Amiga de gente invisível
E das palavras,
As palavras são como flores
Ele, o poeta; como bom colibri
Cobre de beijos suas pétalas Imaculadas.
A tarde o poeta põe um casaco
Velho, percebe que é noite
As noites são ligeiramente frias
Esboça alguns sorrisos e uma
Preocupação não aparente
- Há essas horas há poucas
pessoas vagando no planeta...
Este pensamento do nada
Surge em sua mente
O poeta vislumbra repouso;
A poesia \"sair\".
Ela quer se divertir com novos
Conhecidos, possíveis amores
O poeta entende, deixa alguns
Trocados,
O poeta é bom e complacente
Ante as fraquezas alheias
Ele só diz: cuide-se
Nos veremos pela manhã
Enquanto as manhãs existirem.