Gisele Cunha

Interior de minha morada

 

Em uma tarde de sol

No recôncavo baiano
Da janela de casa avistava
O povo passar com seu andar pacato
Olhar firme, uns andando, outros pedalam em uma bicicleta que mais parece uma engenhoca, alguns a cavalo...
A vaca no pasto a passos mansos
Se descola para lá e pra cá na calmaria no meio do mato
O verde das plantações marcados com cercas desvela um cenário
Simples, mais repleto de riqueza
De donos distintos de terras sem fins
Os brilhos nós olhos são nítidos ao perceber o alegre do viver
No entardecer a chuva molha o chão seco feito de paralelepípedo
Acompanhado de raios, ventos, trovões...
Lavando os resquícios de um dia às vezes para muitos exaustivo
Naquele lugarejo cheio de crianças
Ninguém sabe qual será o destino!
Mas eles caminham sorridentes de pés descalços no quintal, um pé de árvore que representa a infância memorável
Eles(as) têm calçados, mas gostam de sentir os pés fixos sobre a terra
Ali não tem brinquedo de luxo
Somente existe esperança, para que sigam seu trajeto em busca do conhecimento infinito
Onde os sonhos permaneçam sempre vivos dentro de seus corações.
Autora:Gisele Cunha