Abel Ribeiro

Infinito ser

 

O ser é e não é ao mesmo tempo o que parece ser

Esse estranho é movimento, contradição e aparência.

Captamos esse ambulante pelo sentido

Nossos olhos não veem igualmente as coisas

Nossos órgãos são diferentes no detalhe

O mundo da matéria é e não é a semiologia

Sofre da necessidade do viver

Somos o que somos mesmo sem alçar o imediato da essência.

O homem é tão infinito quanto o universo

Nele cabe deuses, vozes, sonhos, visões, culturas, gostos...

Milhares de Interpretações, átomos e células nascem e perecem

Essa aparência atrai inúmeros horizontes

Que se colocam todo tempo por cima da razão

Muitas vezes falsos, muitas vezes verdadeiros

Esse multitudinário ser que é você

É, a saber, uma procura permanente pela verdade.

 

(Abel 2019/21)