Matheus S. Candia

Ora amado, ora amargo

Desejo não ser aquilo que sou.

Mas como sou o que sou, aceito aquilo que o destino findou.

Infelizes problemas surgem me atingindo!

Clamo para o que me atinge aos poucos ir sumindo...

 

Auto-sabotagem, meu cérebro é inimigo;

Faz do dia um perigo, este que por sua vez atinge meu eu lírico.

Sou responsável pelo póstero, que afaga por dentro o ego;

Destrói tudo que sou, mas ainda não abdico!

 

Vivo na busca incansável de me aceitar.

Mas amanhã é um novo dia...

O giro do globo me faz perder o ar,

É o lamento do meu peito que ao rodar esvazia.

 

Enches-me o vasto campo da alma.

Da banalidade sucumbo em chama!

É difícil entender o coração que ama...

 

Do Eros, tramo versos,

Que oriundos de mim mesmo faço vida!

Brado adeus à melancolia. Sou esboço de minha essência tingida.