Desejo não ser aquilo que sou.
Mas como sou o que sou, aceito aquilo que o destino findou.
Infelizes problemas surgem me atingindo!
Clamo para o que me atinge aos poucos ir sumindo...
Auto-sabotagem, meu cérebro é inimigo;
Faz do dia um perigo, este que por sua vez atinge meu eu lírico.
Sou responsável pelo póstero, que afaga por dentro o ego;
Destrói tudo que sou, mas ainda não abdico!
Vivo na busca incansável de me aceitar.
Mas amanhã é um novo dia...
O giro do globo me faz perder o ar,
É o lamento do meu peito que ao rodar esvazia.
Enches-me o vasto campo da alma.
Da banalidade sucumbo em chama!
É difícil entender o coração que ama...
Do Eros, tramo versos,
Que oriundos de mim mesmo faço vida!
Brado adeus à melancolia. Sou esboço de minha essência tingida.