João Baptista Neves

Poeta

QUÃO TOLO SÃO OS  POETAS , QUE RIEM  COM A MORTE TORNANDO SUAS DESGRAÇA  E OBSCUROS SOFRIMENTOS, BELOS AOS OLHOS DE QUEM VÊ

 

QUÃO TOLO SÃO OS POETAS QUE COM A LEVESA DE SUSSURROS FAZEM  DE SUA DOR  TOCANTE POESIA

 

QUÃO TOLO SÃO OS POETAS  QUE COM SEUS PESARES E PRANTOS IMORTALIZAM A TODOS SEU INFORTÚNIOS, AMORES E FRUSTRAÇÕES

 

COMO É BELO VER-LHES VERSANDO SOBRE MOMENTOS DE DESEJOS INOCENTES E NA MAIS PURA PLENITUDE DE AMAR

 

TERMOS UNÍSSONOS DELIRANTES UNINDO-SE A UM SOFRER INABALÁVEL MERGULHANDO-OS  NA LONGA DESILUSÃO DO ABANDONO

 

TOLOS  PROJETANDO NELAS TODA A FELICIDADE QUE POR VENTURA  VENHA A DIGNAR-SE

LEMBRADO-SE SONHADORAMENTE  DO FOGO QUE OS ASCENDEU