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Danilo C. Bussolar

Soneto do Monte Belicoso

Soneto do Monte Belicoso

 

Da vista agreste que não me chateia,
Que muito brilha, mas sem sobejar,
Que me fascina e que muito me enleia
Eu não me canso e vou pôr-me a sonhar.

Pelos outeiros eu penso na vida,
Na natureza que bem me regala
Como esta serra assaz meiga e despida
Que do campestre bem fez-se a mandala!

Mas se no mundo não vejo feiura,
Por que tais guerras insistem travar?
Por que das serras se fez amargura?

Mas se no mundo inda existe doçura,
Dai-me um pouquinho, pois quero provar
Deste carinho, do amor e a ternura...