O verde vivo do pasto;
O azul cristalino do mar;
O branco que tanto gosto;
O vermelho na chama a queimar.
O verde bem limpo da relva
Que de flores se inspira.
O verde bem lindo da selva,
Aquele de que em nós respira
O verde do alto pinho;
O azul tão pacífico e sereno;
O branco timido do linho;
O vermelho sangue, de cor moreno.
A branca espuma que embate nas rochas;
O branco bem brilhante dos trovões;
O vermelho que arde nas tochas;
e o vermelho vivo dos vulcões.
Simples é a Natureza
E nós a vamos matando,
Essa incrível beleza
Que connosco vai mudando.
O verde negro de desgosto;
O azul podre do mar;
O branco velho e gasto;
O vermelho que se extinguiu no ar.
E na nossa mente
Ficarão só histórias,
Nelas terão somente
Um fruto de algumas vitórias,
E assim se vão acabando os dias,
Aqueles bem alegres mas perdidos.
Boas memórias de brilhantes fantasias,
Que jamais serão esquecidos.
Das nossas acções tiramos uma certeza
Que assim vamos agradecendo ao nosso suporte
É este o nosso beijo à Natureza
O beijo da morte