Matheus S. Candia

Apóstolo I - Soneto dos Anjos

Soneto dos Anjos

 

Da fenestra me traz luz,

Outrora eu pouco enxergo, mas sinto teu elo,

Que mesmo de longe, és forte e belo.

São teus passos que sigo, é tu que me conduz.

 

Dentre os arremates deste mundo,

Sinto esperança lá no fundo.

De quem dera eu possa, mesmo afeto de medo,

Com benevolência conseguir aquilo que eu precedo. 

 

Mesmo que cego pelo desejo,

Esperançoso eu vejo;

És tua benção!

 

Amar-te-ei então,

Eu, pecado encarnado sem chão,

Te guardando por íntegro em meu coração.