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Maximiliano Skol

VOU REDIMIR-ME

Sinto, agora, uma ausência de mim mesmo,

Uma angústia ligada ao meu futuro...

Meu pensamento já se encontra a esmo,

Tremo de medo sobre o meu auguro,

 

Que devo atravessar, como um tenesmo

Nas vísceras da alma...E como é duro

Ter que na vida sou-me igual torresmo,

Enxuto do que em mim era seguro.

 

Mas, já sei... Deprimido me pressinto:

\' Que aquela antiga fé que nos unia

É poeira do tempo, é moto extinto\'.

 

Vou redimir- me. Vou reconquistar- te,

Festejar o teu corpo que eu sabia

Ter sido, para mim, divina arte.