Era o primeiro dia novamente do novo tempo que ressurge...
Do meu recanto, reflexivo, ouço o vento soprando com liberdade - símbolo de movimento, tempo nublado e terra molhada pela chuva, um frescor manso combinando com a seriedade do momento e a necessidade de serenidade.
Do meu contemplamento observo uma poça d\'água, chão marcado de caminhada, lama e barro... Uma cigarra indiscreta me alegra, trilho de formigas em perfeita coordenação e, admirado, percebo outro alento: gorjeio estridente de um casal de joão-de-barro no alto de uma árvore trabalhando na construção da sua casinha. Um buscava o barro do chão e o outro moldava o novo lar! Inspirador esforço comum de natureza solidária, cumplicidade de vida!
Manhã diferente! Um refúgio de quietude dentro de mim mesmo é o retiro das minhas reflexões...
O que fizemos com o tempo de ontem? Qual o significado de tantas emoções afloradas e tantas palavras ditas, benditas e malditas?
O que construímos, destruímos ou inspiramos?
O que nos restou para o novo tempo como legado para esse recomeço, renovação ou continuidade?
Quem éramos e em quem nos tornamos? Quem seremos ao final da nova fração do tempo que nos agracia?
É construtivo observar as experiências recentes, as atitudes nossas e das pessoas, a história acontecendo, refletir o próximo passo e o caminho a ser desbravado, os desafios a serem enfrentados...
Somos a natureza também!
Era o primeiro dia novamente do novo tempo que ressurge... Como me convencer do novo Aeon?